sábado, 23 de janeiro de 2016

Crítica - O Bom Dinossauro

Em 2015, a Pixar esteve em foco em várias ocasiões: foram anunciadas novas animações; a empresa completava 20 anos; e seria o primeiro ano em que a empresa teria 2 longas lançados.
O primeiro lançado foi Inside Out, que contava as aventuras das emoções de uma pré- adolescente, que alcançou um sucesso imediato.


O segundo era o tão aguardado " The Good Dinossaur". Esse filme deveria ter saído em 2011 com a seguinte premissa: o que aconteceria se o asteróide que extinguiu os dinossauros tivesse passado direto? O roteiro sofreu várias mudanças, e teve alguns problemas durante a produção. A ideia era fazer um filme em que os humanos não tivessem tanto foco, e sim os dinossauros vivendo em uma sociedade nos dias de hoje.



  
Depois de alguns problemas internos, a data mudou para 2013, depois para 2014 e enfim para 25 de novembro de 2015. A primeira versão tinha várias diferenças: história diferente, muitos personagens, etc. Na primeira versão o protagonista, Arlo, é um apatossauro adulto com vários irmãos; e já na versão final, o apatossauro é um adolescente e tem um irmão e irmã... O pequeno humano Spot também sofreu várias mudanças.








   




Faltando pouco tempo para a estreia mundial, a empresa dá um Pane Nervoso e resolve trocar TUDO: Diretor novo, quase todos os dubladores trocados e a história foi completamente reformulada.
   
Faltando menos de um ano para a estreia, pouquíssimas informações eram divulgadas pela empresa; então vem um Teaser Trailer, que não mostrava nenhum elemento da história.

O FILME :  ( contém spoiler ) 

A ideia do "e se..." é bem interessante mas foi muito mal explorada. 



O protagonista Arlo vive com sua família em uma fazenda, onde cada um tem que cumprir uma tarefa para colocar sua marca de pegada em um silo da fazenda. Arlo não consegue cumprir uma sequer, porque é muito medroso. Uma das tarefas que ele tem que cumprir é eliminar uma criatura sorrateira que rouba a comida durante a noite. Mas nem isso ele consegue (coitado)... Ocorre então a morte de um personagem, o que remete à morte de Mufasa na animação da Disney " O Rei Leão ". 

Esse, aliás, é um grande problema do filme : faz referências demais.



Depois de alguns "minutos de luto", Arlo persegue o pequeno humano (a tal criatura sorrateira comedora de milho) até cair em um rio e desmaiar. Quando acorda, o dinossauro não sabe onde está sua casa e nem a que distancia. Com fome, ele tenta pegar frutas de uma árvore, mas cai e sua pata fica presa entre duas pedras, referência ao filme "127 Horas", com James Franco de 2011.





Arlo consegue se soltar com a ajuda do menininho e tenta achar um rio; porque de acordo com seu pai se ele achasse o rio, achava o caminho de casa. Em sua caminhada para casa, recebe a companhia do estranho menino, agora batizado, Spot.
No caminho de casa, ele encontra vários lugares e dinossauros diferentes. Devo admitir que a Pixar caprichou nas paisagens, tornando- as mais realistas, uma mais que a outra. Algo que estranhei nesse filme foi a quantidade de histórias paralelas entre o momento em que Arlo sumiu de casa até sua volta:
      
PRIMEIRA HISTÓRIA: Arlo e Spot  se encontram com um dinossauro que tem pássaros morando em sua cabeça, e que deseja possuir o humano
                                         
                                       Dispensável:



SEGUNDA HISTÓRIA: Um grupo de Tiranossauros vaqueiros está a procura de seu gado perdido, e topa com uma gangue de Velociraptores (que não lembram em nada os velociraptores do Jurassic Park). Essa parte também marca a mais recente "aparição" de John Ratzenberger. Ele sempre faz a dublagem de algum personagem, nesse longa ele dublou o velociraptor Earl.

OBS : o dublador do Tiranossauro Butch (Sam Elliot) é bastante     conhecido por interpretar vaqueiros, por isso decidiram deixar Butch com um jeito de vaqueiro.

CENA INTERESSANTE E TRAZ UM ENSINAMENTO




Além dessas historias, existe uma outra que apresenta os vilões : um grupo de Pterossauros fanáticos por tempestades, que tem como método de caça segui-la para devorar os indefesos. São comandados por Thunderclap, o mais fanático de todos que diz ter sido "elevado" pela tempestade. O fanatismo chega a ser quase religioso. Vale comentar também que quando esses seres aparecem pela segunda vez, há várias referencias (Capitão América curtiu!) de "Tubarão" filme dirigido por Steven Spielberg.




Não darei spoilers  (mais do que já dei... )  , mas digo que tudo acabou bem. Outra coisa que tenho a falar: o filme é lindo, não chega a ser uma obra prima da animação com emoção como "Toy  Story" ou "Inside Out ", mas é um filme perfeito para ver com a família. Ele também aborda importância do medo na nossa vida.  



 E como é costume da Pixar, foi exibido um curta antes do filme, "Sanjay's Super Team". Sendo inspirado (vagamente) na infância do diretor e animador Sanjay Patel, mostra o conflito entre os antigos costumes Hindus e a influencia ocidental. Foi muito legal e bem feito.



Nota de 0 a 10 : 8,5
 
 Espero que tenham gostado.
 Um abraço,
                    Miguel

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