terça-feira, 31 de maio de 2016

Os três grandes fracassos da Disney

Primeiro de tudo: Ninguem é perfeito, todos cometemos erros. A Disney uma empresa quase centenária já fez vários filmes que se arrependeu depois. No caso, existem três filmes que tiveram um resultado tão ruim que fizeram a empresa repensar vários aspectos.


                                           

1- O caldeirão mágico:

Esse filme tem vários nomes: o fracasso, o pior, o esquecido,o erro. 
A ideia era proporcionar um filme com aspectos sombrios, para maiores de 16 (????). 
Porém o diretor da empresa na época preferiu cortar algumas cenas que assustariam crianças e adolescentes e transformou o longa em um verdadeiro caos.


                             Taran- O menino que cuida dos porcos  

Sem as cenas cortadas, faltava sentido à estória em alguns momentos, mas o enredo não ajudava: na versão sem cortes, a princesa Eilonwy ficaria brevemente nua... 
GENTE, A GAROTA  TINHA 14 ANOS!


                             A princesa e Tinker Bell (brincadeira) ao resgate


Já vi o filme e é bem ruinzinho, embora seja muito bem desenhado para a época. Os personagens são tão caprichados; as paisagens são lindas (sendo elas sombrias ou não) e a caracterização do vilão, o Rei de Chifres, é impecável. 

A produção contou com nada menos que um jovem aspirante a diretor: Tim Burton.


Olhem a paisagem do fundo, a profundidade...

sem comentarios...

 Mas pera lá!!!! Sangue em filme da Disney? Piadas e brincadeiras para adultos? Com certeza este filme planejava abrir um mundo de oportunidades. Mas não funcionou.


                                                quem entendeu a piada levanta a mão - o/

2- O galinho Chicken Little (2005):


A primeira animação computadorizada da Disney, não da PIXAR, foi um fracasso em crítica. Os críticos disseram que os produtores se preocuparam mais na utilização do CGI  do que criar um bom enredo.

A historia é inspirada em um curta antigo, em que num mundo com animais agindo como humanos, o menor dos frangos sofre um ataque extraterrestre e é chamado de maluco, tendo três animais como amigos: uma pata feia, um porco obeso e assustado e um peixe-fora-d'agua
É muito sem nexo.



Com personagens caricatos demais, o 
filme perde a graça rapidamente e não faz sentido nenhum. Uma pena.

3- Nem que a vaca tussa (2004):

Sendo anunciado como o último filme feito com o método tradicional, todos esperavam que fosse um sucesso triunfal. Com muitas reviravoltas no roteiro, à história falta charme e os personagens têm traços forçados.



Esse fracasso é algo que não entendi, porque esse filme fez parte da minha infância, vi no cinema e lembro de ter gostado muito na época (tinha 4 anos)...

A história tem como protagonista três vacas  leiteiras: a teimosa Maggie ( dublada por Cláudia Rodrigues), a rabugenta Sra Calloway ( dublada por Fernada Montenegro) e a desafinada Grace ( dublada por Isabela Garcia).



Esses três bovinos partem em uma divertida jornada para capturar um malvado ladrão de gado e salvar a fazenda em que vivem.

Adoro esse filme, principalmente as músicas compostas por Alan Menken, mas infelizmente ele foi um dos principais responsáveis para a transição de 2D para 3D. A última animação (por hora) em 2D foi a "A Princesa e o Sapo".

Mas esses filmes, mesmo com essa fama, merecem ser assistidos e reassistidos. Foram parte essencial para a construção do império que conhecemos e amamos hoje.

Muitos dos envolvidos em "O Caldeirão Mágico" trabalharam nos filmes da época da Renascença do estúdio (1989-1999), fazendo parte da produção e criação de "A Pequena Sereia" e outros mais.

"Nem Que a Vaca Tussa", querendo ou não, adiantou o inevitável: uma hora ou outra o modo tradicional de animação seria substituído, sendo considerado trabalhoso.

"Galinho Chicken Little" ajudou a construir o caráter da empresa na animação em CGI, que se aprimorou tanto, que atualmente é confundido com os clássicos da Pixar. Além do mais os roteiros passaram a ser mais trabalhados, dando origens aos sucessos atuais.

Espero que tenham gostado.
Um abraço 
Miguel

domingo, 29 de maio de 2016

Emmit Lontroza e as uivantes

ALERTA DE SPOILER DO FILME "ZOOTOPIA"

Quando a pequena Judy Hopps entra no Departamento Policial de Zootopia ela vê que catorze mamíferos estão desaparecidos, desde um enorme urso até uma lontra pequenina, essa lontra é Emmit Lontroza.


Emmit Lontroza


O desaparecimento de Lontroza causa uma enorme preocupação em sua esposa e seus filhos. Judy resolve procurar por ele e descobre que ele comprou um patolé (picolé em forma de pata de animal) com o vigarista Nick Wilde.

Ao interrogar a raposa, a policial descobre que ele foi para o clube de naturalismo "Mystic Springs Oasis" gerenciado pelo iaque Yax.

Yax lembra que a lontra entrou dentro de uma limusine rumo a Tundralândia. Ao acharem a limusine, veem que há várias marcas de garras e a carteira do sumido.

Os protagonistas descobrem que o carro era de Don Corleone... Ops, quis dizer... Sr Big, o chefe da máfia de Tundralândia e chefe de Emmit, que era florista.


"Lontroza era meu florista, era parte da família
Disse que tinha algo importante a me relatar
então mandei o carro busca-lo, mas ele nunca chegou"
                                      - Sr Big



O pequenino fala que o único que pode saber o que aconteceu com Lontroza é o motorista Manchas, mas quando vão ao seu encontro logo descobrem que esse se tornou um animal irracional. Antes disso, ele falou que a lontra ficou gritando "uivantes" várias vezes antes de perder razão.
                                                 
                                       
Ao descobrir que o jaguar foi levado para Cliffside Asylum , eles também acham o pequeno mamífero desaparecido em um estado de insanidade. Mas como percebemos, só predadores estavam sendo contaminados com essa "epidemia", então por que o florista ficou selvagem ?


Lontroza selvagem em Cliffside Asylum

No filme, descobrimos que o carneiro Doug criou um soro que faz os predadores regredirem ao seus estados primitivos. O soro é feito a partir de uma flor , conhecida popularmente como uivantes.

                                                                                                                                                                                                   

Lontroza, por ser florista, deve ter descoberto esse efeito que a flor causava nos mamíferos, e quis relatar isso ao seu chefe. Mas para não atrapalhar o plano diabólico de *****(não irei revelar o nome do antagonista e dar mais spoilers ainda...), Doug usou o soro contra a lontra.


Lontroza percebe que foi contaminado


No final, foi criado um antídoto e ele se reuniu com sua família.
Na cena final do filme ele é visto dançando com sua mulher no show da Gazelle.

Espero que tenham gostado
Um abraço 
Miguel

sábado, 28 de maio de 2016

Minha crítica- Alice através do espelho

Sendo o principal responsável pela moda de adaptações de desenhos , o longa "Alice no País das Maravilhas" de 2010 é entediante e chato transformando um clássico em uma história com batalhas sem pé nem cabeça. Como foi um grande sucesso de bilheteria, ficou evidente que o filme teria uma sequência, que foi lançado essa semana.



O longa "Alice Através do Espelho" tem Tim Burton como produtor e James Bobin como diretor. O filme consegue superar a falta de sentido do primeiro filme, tendo um elenco forte e uma história interessante.

Depois do final do primeiro filme, Alice se tornou  capitã do navio do seu pai, chamado "Maravilha"; porém um dia ela recebe uma difícil oferta e com isso um dilema surge para a protagonista. Mas antes que nosso interesse se perdesse pelo filme, um velho conhecido de Alice aparece: a lagarta Absolem (que nessa versão é uma borboleta).



A loirinha, ao atravessar um espelho, descobre que seu amigo Chapeleiro Maluco está correndo risco de vida e está com a personalidade mudada, agora está muito sério. Os seus amigos do mundo subterrâneo a aconselham tentar viajar no tempo usando a Cronosfera, um objeto que é capaz de cruzar o Oceano do tempo.

Mas primeiro, Alice terá que enfrentar Tempo, a personificação do tempo. Com seriedade, ele diz que não vai emprestar a Cronosfera ou qualquer coisa do gênero.



Sendo obrigada a roubar este objeto, a jovem se vê em uma corrida contra o tempo (literalmente). Não sabendo que não pode ganhar da entidade, ela acaba pondo a vida de todos os seus amigos em risco.

O longa é mais sério que o primeiro, e isso é um ponto positivo: sem aqueles altos e baixos (trocadilho besta!). 

Tendo como carro-chefe a procura pela família do chapeleiro, vemos versões mais novas dos icônicos personagens: um gato risonho filhote, twedles bem fofinhos, e outros mais.



O figurino está impecável!!! A caracterização dos personagens beira a perfeição. Desde o primeiro chapéu feito pelo Chapeleiro, até as ombreiras extravagantes do Tempo...

Particularmente, o meu personagem favorito foi o Tempo (Sacha Baron Cohen). Os  papéis de Sacha sempre focam na comédia, e por isso nunca me agradaram por terem piadas clichês que não acho graça. Porém esse papel superou as minhas expectativas: Tempo foi um personagem perfeito, muito sério em alguns momentos e divertido em outros. Não podemos esquecer que ele também é um grande filósofo, pois nos faz refletir sobre as inevitáveis separações ao longo do tempo em que vivemos.



A atuação de quase todos os atores está perfeita: Johnny Depp teve uma atuação um pouco inferior em comparação ao primeiro filme; Anne Hathaway  fazendo um ar cansado, atuou bem como a Rainha Branca. Helena, arrasa como sempre. Mia e Sacha ficaram muito bem em seus papéis.



Lembrando também que esse filme serviu como despedida do ator Alan Rickman, o eterno Snape; o ator faleceu em janeiro. Em Alice, ele deu vida e voz a Absolem.



O filme é muito bom. Pelo o que 2016 mostrou até agora, os live actions têm um futuro promissor.

Minha Nota: 10 em 10.

Espero que tenham gostado
um abraço
Miguel

                         "Mocinha, não se pode mudar o passado
                                                              mas pode aprender com ele"
                                                                                                   - Tempo