sábado, 28 de maio de 2016

Minha crítica- Alice através do espelho

Sendo o principal responsável pela moda de adaptações de desenhos , o longa "Alice no País das Maravilhas" de 2010 é entediante e chato transformando um clássico em uma história com batalhas sem pé nem cabeça. Como foi um grande sucesso de bilheteria, ficou evidente que o filme teria uma sequência, que foi lançado essa semana.



O longa "Alice Através do Espelho" tem Tim Burton como produtor e James Bobin como diretor. O filme consegue superar a falta de sentido do primeiro filme, tendo um elenco forte e uma história interessante.

Depois do final do primeiro filme, Alice se tornou  capitã do navio do seu pai, chamado "Maravilha"; porém um dia ela recebe uma difícil oferta e com isso um dilema surge para a protagonista. Mas antes que nosso interesse se perdesse pelo filme, um velho conhecido de Alice aparece: a lagarta Absolem (que nessa versão é uma borboleta).



A loirinha, ao atravessar um espelho, descobre que seu amigo Chapeleiro Maluco está correndo risco de vida e está com a personalidade mudada, agora está muito sério. Os seus amigos do mundo subterrâneo a aconselham tentar viajar no tempo usando a Cronosfera, um objeto que é capaz de cruzar o Oceano do tempo.

Mas primeiro, Alice terá que enfrentar Tempo, a personificação do tempo. Com seriedade, ele diz que não vai emprestar a Cronosfera ou qualquer coisa do gênero.



Sendo obrigada a roubar este objeto, a jovem se vê em uma corrida contra o tempo (literalmente). Não sabendo que não pode ganhar da entidade, ela acaba pondo a vida de todos os seus amigos em risco.

O longa é mais sério que o primeiro, e isso é um ponto positivo: sem aqueles altos e baixos (trocadilho besta!). 

Tendo como carro-chefe a procura pela família do chapeleiro, vemos versões mais novas dos icônicos personagens: um gato risonho filhote, twedles bem fofinhos, e outros mais.



O figurino está impecável!!! A caracterização dos personagens beira a perfeição. Desde o primeiro chapéu feito pelo Chapeleiro, até as ombreiras extravagantes do Tempo...

Particularmente, o meu personagem favorito foi o Tempo (Sacha Baron Cohen). Os  papéis de Sacha sempre focam na comédia, e por isso nunca me agradaram por terem piadas clichês que não acho graça. Porém esse papel superou as minhas expectativas: Tempo foi um personagem perfeito, muito sério em alguns momentos e divertido em outros. Não podemos esquecer que ele também é um grande filósofo, pois nos faz refletir sobre as inevitáveis separações ao longo do tempo em que vivemos.



A atuação de quase todos os atores está perfeita: Johnny Depp teve uma atuação um pouco inferior em comparação ao primeiro filme; Anne Hathaway  fazendo um ar cansado, atuou bem como a Rainha Branca. Helena, arrasa como sempre. Mia e Sacha ficaram muito bem em seus papéis.



Lembrando também que esse filme serviu como despedida do ator Alan Rickman, o eterno Snape; o ator faleceu em janeiro. Em Alice, ele deu vida e voz a Absolem.



O filme é muito bom. Pelo o que 2016 mostrou até agora, os live actions têm um futuro promissor.

Minha Nota: 10 em 10.

Espero que tenham gostado
um abraço
Miguel

                         "Mocinha, não se pode mudar o passado
                                                              mas pode aprender com ele"
                                                                                                   - Tempo

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